

Querer ou Precisar

Taylor estava na sala de espera ao
lado do corredor onde se localizava o quarto de Lucas. Ela se levantou quando a
mãe dele chegou.
Taylor: Senhora Till! Como ele está?
Mãe de Lucas: Não está bem, mas
poderia estar pior...
Taylor: Eu não posso vê-lo?
Mãe de Lucas: Acredito que ainda não,
mas logo poderá.
A mãe de Lucas abraçou Taylor.
Mãe de Lucas: Ai, Taylor... Se não
fosse você o Lucas não estaria mais entre nós...
Taylor: Não fale isso! A hora dele
ainda não chegou...
Aquela cena foi interrompida com a chegada
Mary.
Mary: Senhora Till, como está o Lucas?
Mãe de Lucas: Oi, Mary! O Lucas não
está bem, querida...
Mary: Eu não acreditei quando ligaram
pra minha casa avisando sobre o ocorrido. Vim o mais rápido que pude!
Mãe de Lucas: Não precisava ter vindo!
A Taylor salvou a vida do meu filho!
Mary: A Taylor fez isso? Como?
Mãe de Lucas: O Lucas cortou a cabeça
e estava perdendo muito sangue e isso poderia ser fatal pra ele! Se a Taylor
não tivesse chegado lá na hora certa...
Mary: Eu odeio a Taylor!
Mãe de Lucas: Por que você a odeia?
Ela é tão simpática!
Mary: Então pega pra você!
Mãe de Lucas: Eu não, mas daria tudo
pra vê-la com o meu filho!
Mary: O quê?
Mãe de Lucas: Eu sei como é... Mas não
tem problema, a Taylor já tava me dando um força, né, Taylor?!
Taylor estava pensativa.
Mãe de Lucas: Taylor!
Mary: Não liga! Ela sempre faz isso!
Mãe de Lucas: Taylor, você está bem?
Taylor: Oi!? Sim, estou!
Mary: Oi, Taylor... Pelo visto você
não visita a lua só quando está entre os colegas de sala, né?!
Taylor: Na verdade, Mary, eu estava
pensando o que realmente aconteceu com o Lucas.
Mary: Como assim o que aconteceu? Não
foi um acidente?
Mãe de Lucas: Eu pensava que tinha
sido um acidente também, mas os médicos encontraram alguns hematomas na barriga
do Lucas...
Taylor: Sem falar no olho roxo que ele
tava.
Mary: E onde foi que aconteceu tudo
isso mesmo?
Taylor: No banheiro do quarto dele...
Mãe de Lucas: Ele tinha acabado de
sair do banho e ainda estava de toalha.
Mary: E o que a Taylor fazia lá?
O médico interrompeu a conversa.
Mãe de Lucas: Como meu filho está,
médico?
Médico: Bom, eu já te expliquei que a
situação dele não é muito boa, mas ele está bem. A pancada na cabeça poderia
causar algo sério, mas tudo indica que não aconteceu nada. Vamos esperar pra
ver os efeitos colaterais.
Mary: E que horas serão liberadas as
visitas?
Médico: Apenas amanhã de manhã. Com
licença!
O médico deixou elas a sós.
Mary: Não pode ser! O menino precisa
de visita, gente! Será que nem a mãe pode vê-lo?
Mãe de Lucas: Eu já fiquei lá alguns
minutos, mas não muito tempo. E ele ainda tava desacordado.
Taylor: A senhora quer que a gente
fique aqui?
Mary: Precisa perguntar, Taylor? A
questão não é ela querer, mas sim precisar!
Mãe de Lucas: Não precisa, Mary. Vão
pra casa, descansem, pois amanhã é sábado. É dia dos jovens, de vocês, saírem
para curtir.
Taylor: Eu não faço muita coisa no fim
de semana.
Mary: Eu faço! Tem sempre uma balada,
uma festinha, tenho que fazer compras...
Taylor: Programas de garota fútil, o
que combina perfeitamente com você!
Mary: Tá me chamando de fútil, Taylor?
Taylor: Não, mas se a carapuça serviu,
não vejo problema em você usá-la!
Mary: Você tá muito atrevida! O Lucas
não gosta de garotas assim!
Taylor: A questão não é gostar, mas
sim precisar!
Mary: Argh!
Mãe de Lucas: Você não faz essas
coisas, Taylor?
Taylor: Hã?
Mãe de Lucas: Eu perguntei se você não
sai pra festas, shopping...
Taylor: Ah, não gosto muito! Prefiro
ficar em casa, lendo, revisando a matéria, assistindo seriados...
Mary: Programa de nerd...
Mãe de Lucas: Quando o Lucas estiver
melhor, vocês podem ir ao sítio que a gente tem no interior. Você tem cara de garotas
que gosta do campo!
Taylor: Gosto sim! Não vai ser uma má
ideia.
Mãe de Lucas: Agora vão pra casa que
eu me encarrego do Lucas. Boa noite!
Taylor e Mary: Boa noite!
Taylor e Mary ficaram se encarando até a saída
do hospital. Quando chegaram lá fora, só tinha um táxi.
Taxista: Qual das moças vai querer uma
carona?
Taylor: Pode ir, Mary. Eu pego um
ônibus.
Taxista: Acho que não é sua noite de
sorte, loirinha. A linha de ônibus que costuma passar aqui já encerrou o
expediente. E de táxi, por perto só tem o meu.
Mary: Vamos ter que dividir o táxi,
Taylor!
Taylor: Fazer o quê, né?!
Elas entraram no táxi e informaram os seus
respectivos endereços.
Mary: Aquela hora você disse que o
Lucas estava com um olho roxo?
Taylor: Sim. Eu tenho certeza que ele
brigou antes de cair.
Mary: Brigou com quem? Com o espelho?
Taylor: Não. Assim que eu estava
chegando na casa dele, uma garoto estava saindo de lá apresado.
Mary: Que garoto?
Taylor: Não sei o nome dele, mas já vi
ele com o Lucas e com o Brandow.
Mary: Greg! Esse é barra pesada!
Taylor: Ele trombou comigo e não teve
coragem nem de se desculpar, ou dar um oi.
Mary: Ele bateu no Lucas. Se ele
estava lá antes do que aconteceu, só pode ser ele o culpado disso tudo! O que
será que aconteceu naquele quarto?
Taylor não respondeu a pergunta de Mary. Ela
estava olhando para fora do carro.
Mary: Taylor, eu não acredito que você
tá viajando de novo!
Taylor: Não é só eu que estou
viajando, mas nós duas. Olha, Mary! Esse não é o caminho da nossa casa.
Mary: Ai, meu Deus! Pra onde esse
homem tá nos levando?
Greg bateu na casa de Brandow.
Brandow: Isso é hora de fazer visita,
mano?
Greg: Eu precisava falar isso pra
alguém!
Brandow: Falar o quê? Por que seu olho
tá dessa cor? Andou usando alguma coisa, Greg?
Greg: Não enche, Brandow! Eu arrumei
um problemão! Acho que matei o Lucas.
Brandow: Você fez o quê?
Continua
Créditos: Just Taylor
Autor: Taylor Oliveira
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