Sabe... Descobrir que você não é uma pessoa
normal é bem difícil, porém, uma vida de pura aventura e mistério acho que é
bem melhor.
Naquela manhã, eu nem
imaginava que o meu dia, seria bem estranho...
[APARTAMENTO 13 – NOVA YORK
– MANHÃ – SEGUNDA-FEIRA]
Eu acordei e vi que Ryan
meu amigo e que divide o apartamento comigo, ainda estava roncando como um
porco gritando, preste a ser morto, então empurrei ele da cama:
RYAN: - Isso está ficando chato.
JOHNNY: - Não, é que você fica até
tarde vendo filmes e séries e esquece que as férias, já estão acabando.
RYAN: - Que dia é hoje?
JOHNNY: - Segunda-feira, inicio do
período na faculdade.
RYAN: - Minha nossa, como pude me esquecer disso?
JOHNNY: - Será que foi pela festa de
ontem, você chegou de madrugada e ainda foi assistir, Ryan, você é um cara
inteligente e muito fera na química, porque estragar a vida assim?
RYAN: - Esse papo não, o seu problema é que você é
muito certo, mas com certeza vamos á festa de boas vindas da faculdade e não
quero ver você pra baixo, vou tomar banho.
JOHNNY: - Há e veste uma cueca, mania
de dormir pelado.
RYAN: - É que diminui o calor nas partes médias,
joga a toalha.
Foi nessa hora que tudo começou a ficar estranho, peguei a toalha e
lancei para o Ryan, mas por algum motivo, ele caiu uns dois passos para trás e
me disse:
RYAN: - Cara, calma ai, não precisa jogar com tanta
força.
JOHNNY: - Mais eu, só...
RYAN: - Você precisa relaxar.
Eu olhei minhas mãos e estavam normais, fiquei com isso na cabeça o
tempo todo.
Depois que o Ryan se arrumou, eu fiquei pronto e saímos, entramos no meu
carro e fomos para a faculdade a “MINKON STUART”, Eu sei, devem estar achando
estranho o nome, mais é que o dono é meio louco, assim que chegamos, estacionei
e Ryan falou:
RYAN: - Será que tem várias gatinhas?
JOHNNY: - Cara, para de pensar só em
gatas, bebidas e festas, se liga, o futuro já começou.
RYAN: - Que droga Johnny, você acordou pior que o
papai hoje.
Ele saiu na minha frente, chateado e eu nem liguei, falei uma verdade,
quando estava entrando, vi uma garota com cabelos loiros e algumas mexas
vermelhas me olhando, desviei o olhar, pois ela parecia ser mais nova que eu,
há nem falei, tenho 18 anos e vim para nova York com 8 anos, minha mãe me
trouxe e encontramos com o meu pai, só que ele morreu dois anos depois.
[FACULDADE MINKON STUART –
SALA 18 – MANHÃ]
Eu entrei e vi Ryan sentar perto da janela, ele riu e me falou:
RYAN: - Aqui é bem legal, consigo ver as meninas
correr, com aqueles shorts apertados e ligado ao corpo.
JOHNNY: - Você é um doente.
Ele levantou e foi até uma garota que ficou de conversas com ele, eu só
pensava em estudar, realmente, aquele dia pra mim foi estranho, mas eu resolvi
agir normal, todos sentaram e o professor chegou, ele se apresentou e falou com
todos.
[HORAS DEPOIS]...
[FACULDADE – JARDIM –
INTERVALO – QUASE TARDE]
Eu me sentei em uma mesa e comi algo estranho, parecia uma papa de trigo
com um liquido meio amargo, eu parei e peguei um biscoito na mochila, Ryan
chegou eufórico:
RYAN: - Cara, o laboratório é
sensacional, o campus daqui é incrível, deveríamos ter ficado em um grupo ao
invés do apartamento.
JOHNNY: - Sou
péssimo para ficar em bando.
RYAN: - Verdade, lembra daquela vez
que você foi estudar na casa do Tyson, você ficou sendo zoado pelos caras, só
porque ainda brincava de super heróis.
JOHNNY: - Porque
tem que lembrar disso? Foi á muitos anos.
RYAN: - Não olha agora, mas tem uma
garota te olhando, mas ela também olha pra mim, conhece?
JOHNNY: - Ela é
loira de mexas vermelhas?
RYAN: - Ela mesmo.
JOHNNY: - Não
conheço.
RYAN: - Sério? Porque ela ta vindo
pra cá.
Eu me virei e a garota se aproximou:
JOHNNY: - Oi?
AMANDA: - Oi, sou
Amanda Gilver, deve está se perguntando porque eu estou te olhando?
JOHNNY: - Nossa,
você adivinhou.
AMANDA: - Você
ainda não sabe, certo?
JOHNNY: - Saber
de que?
AMANDA: - Vem
comigo.
Amanda saiu andando e fui atrás, o Ryan
preferiu ficar e segui ela:
JOHNNY: - Onde
estamos indo?
AMANDA: - Para
sua casa.
Ela simplesmente entrou no meu carro e ficou
me olhando:
AMANDA: - O que?
O carro anda sozinho?
Eu entrei e vi que ela é marrenta, eu liguei
o carro e saímos em velocidade, ela falou no caminho:
AMANDA: - Por
acaso, aquele seu amigo, ele é normal?
JOHNNY: - Como
assim?
AMANDA: - Normal,
um humano?
JOHNNY: - Sim,
ele é igual á todos nós, só é meio...
AMANDA: - Iguais
á nós?
Ela riu de mim até chegarmos ao meu
apartamento.
[APARTAMENTO 13 – NOVA YORK
– TARDE – SALA]
Nós entramos e ela se jogou no sofá:
JOHNNY: - Ei,
você nem me conhece e está assim, parece que já me viu antes.
AMANDA: - Várias
vezes.
JOHNNY: - Por que
me trouxe aqui?
AMANDA: - Porque
é melhor, estamos mais seguros.
JOHNNY: - Seguros
de quem?
AMANDA: - Dos
matadores sobrenaturais.
JOHNNY: - Quem?
AMANDA: - Cara,
você parece um doido, você ainda não sabe do que é capaz?
JOHNNY: - Garota,
você mexe com drogas? Porque está falando coisas totalmente desconhecidas por
mim, acho que você me confundiu.
Ela foi até a cozinha e ficou me olhando, eu
abri a janela e de repente, vi uma faca vindo em minha direção, eu me virei e a
faca começou a flutuar parada em minha frente:
JOHNNY: - Oh
minha nossa, o que é isso?
AMANDA: - Finalmente,
Johnny Carter, você é igual a mim e a muitas outras pessoas, somos
sobrenaturais, conseguimos fazer coisas absurdas.
JOHNNY: - Você
quer me dizer que essa faca, fui eu quem fiz ela parar e ficar flutuando?
AMANDA: -
Imagina, é que ela tem asas, é claro, tonto, você é um sobrenatural, acho que
ainda não usou suas forças por ser certinho e não correr tantos perigos.
JOHNNY: - Está me
dizendo que sou um anormal?
AMANDA: - Somos
normais, mas apenas com algumas coisas diferentes.
JOHNNY: - E o que
você faz?
AMANDA: - Tenho
visões e essa semana tive três com você, por isso, vim logo.
JOHNNY: - Quantos
anos você tem?
AMANDA: - 16,
prestes a fazer 17.
JOHNNY: - Nossa, agora fiquei pensando, posso controlar
as coisas?
AMANDA: - E muito
mais, é que você ainda vai desenvolver suas forças.
JOHNNY: - Existe
mais de nós?
AMANDA: - No
mundo todo.
JOHNNY: - Mas
porque somos assim?
AMANDA: - Não
sei, somos meio que deuses, depende da cultura, existe coisas sobre nós, como
uma reencarnação, morremos e nascemos de novo, só que em outro corpo e existe
histórias sobre nós.
Eu olhei minhas mãos e continuava normal,
para mim era estranho, não sabia de onde saia esse poder ou sei lá o que:
JOHNNY: - Você
descobriu sozinha seu poder?
AMANDA: - Sim, eu
sofri muito, eu tinha sonhos, delírios, as vezes estava acordada e minha cabeça
doía como se me enfiassem uma faca, daí, comecei a investigar e achei um diário
da minha mãe, ela era como eu, uma vidente, mas desapareceu... acho que morreu.
JOHNNY: - Eu
perdi meu pai e muitos anos atrás a minha mãe, mas ela morreu normal, ele apareceu
morto, já investigaram, mas não encontraram.
Ela ficou em silêncio e olhando para os
lados, eu vi que ela sabia de alguma coisa:
JOHNNY: - Do que
você sabe?
AMANDA: - Eu? Nem
tente ler minha mente.
JOHNNY: - Como é
que é, ler mente?
AMANDA: - Há você
ainda não faz isso. (rsrsrs)
JOHNNY: - Você
sabe de muitas coisas.
AMANDA: - Mas não
posso falar, as vezes tem coisas que precisam acontecer e nem podemos evitar.
Nós olhamos a porta e parecia que alguém
queria entrar, Amanda começou a sentar e ficava olhando para o alto, como se
estivesse fazendo alguma coisa, ela me olhou e disse:
AMANDA: - Eles
estão aqui.
A porta caiu e um homem com uma capa dos pés
a cabeça estava lá, ele entrou e olhou para Amanda:
HOMEM: -
Encontrei você.
AMANDA: - Ora
Demétrio, fazendo o que o Lúcio manda?
DEMÉTRIO: - Não, vim pegar o que ele quer, você e esse
cara ai, acho que não fomos apresentados, sou Demétrio, e você está
predestinado a morrer.
Ele se aproximou de mim e em um movimento
rápido, Amanda lançou o vaso que estava sobre o centro nele e quebro em seu
rosto, ele tombou e começou a rir:
DEMÉTRIO: - Isso é
o que pode fazer?
Amanda correu para perto de mim e ele lançou
de suas mãos gelo, como se fosse um congelador humano, a sala ficou fria de
repente, Amanda saltou sobre o sofá e foi de encontro comigo, algo estava me
possuindo, comecei e ficar quente e irritado, eu apenas falei:
JOHNNY: - Acho
bom parar.
Ele parou de lançar gelo de suas mãos e me
olhou:
DEMÉTRIO: - Por que?
JOHNNY: - Por
isso.
Eu estendi minhas mãos e ele saiu do chão, eu
fiz ele ficar flutuando sem entender como, mas fiz, ele me olhou e ficou
tentando sair, ele ergueu as mãos, mas fui rápido e lancei ele para fora do
apartamento pela janela, Amanda me abraçou e falou:
AMANDA: -
Obrigada.
JOHNNY: - Não foi
nada, quem era ele?
AMANDA: - Um dos
matadores sobrenaturais, ele é pau mandado do Lúcio, chefe dessa parada, eles
matam pessoas como nós e se os humanos descobrirem é pior ainda.
JHONNY: - Então
me ajuda a limpar isso, antes que alguém veja.
Eu e ela pegamos as coisas necessárias e
começamos a limpar o apartamento, eu olhei a porta e perguntei:
JOHNNY: - Conhece
uma pessoa que arrume portas?
AMANDA: - Ele só
derrubou ela, coloque-a no lugar.
JOHNNY: - Como?
AMANDA: - Com seus poderes.
Eu olhei minhas mãos e tentei levantar a
porta com a mente, mas ela nem se mexia:
JOHNNY: - Só
funciona quando estou irritado.
AMANDA: - É que
você ainda vai se adaptar, faz assim.
Ela pegou minhas mãos e colocou na direção da
porta:
AMANDA: - Fecha
os olhos e imagina colocando a porta no lugar.
Eu imaginei e senti uma força nas mãos
difícil de explicar, quando abri os olhos, a porta estava em pé e encostada no
lugar onde deveria está, eu peguei alguns parafusos e arrumei:
JOHNNY: - O Ryan
é meu amigo, ele pode saber disso?
AMANDA: Acho
melhor não, podem matar ele.
JOHNNY: - Amanda,
o que somos e quem somos? Uma pergunta difícil de responder, eu sei, mas quem
somos nós?
Ela se aproximou de mim e me falou séria:
AMANDA: - Somos
heróis Johnny, feitos para salvar e adaptado para matar. Somos Heróis Sobrenaturais.
Ela ficou me olhando e riu, eu achei
estranho, mas se somos mesmo heróis, algo a mais no futuro deve nos esperar, ou
acham que tudo é fácil assim?
Nenhum comentário:
Postar um comentário